Algumas (pra não dizer muitas) vezes, não é a concorrência que causa problemas, a própria marca se sabota sozinha. Isso acontece, principalmente, quando falta gestão de marca. É aí que mora o perigo e todo mundo cai lindo… o negócio começa a se perder na comunicação, posicionamento, engajamento da equipe, no interesse do cliente e, claro, no dinheiro sendo gasto de forma errada.
E é pra falar sobre isso que criamos o SOS Branding, a nova série da nossa newsletter. Um “diagnóstico” sobre os principais sintomas de negócios sem gestão de marca e algumas dicas pra tratar cada um deles, pra ver se conseguimos ajudar você empreendedor, gestor de branding ou marketing a identificar alguns destes cenários e, obviamente começar a resolver ontem:
- Falta de clareza no posicionamento (e já vamos adiantar esse)
- Inconsistência na comunicação
- Falta de percepção de valor
- Baixo de engajamento interno
- Desvantagem competitiva
- Comunicação reativa e sem estratégia
- Falta de conexão com o de público
- Dificuldade em decisões estratégicas e crescimento
Como nossa filosofia por aqui é “menos pera aí, mais bora lá”, já vamos falar sobre o primeiro ponto, e a quantidade de problemas que uma marca sem um posicionamento claro traz para o negócio.
Falta de clareza no posicionamento:
Sem um posicionamento claro, a empresa não ocupa um território próprio na mente do consumidor. E quando isso acontece, o resultado são mensagens confusas, perda de relevância e diferenciação no mercado.
Sabe aquele diferencial que que você lembra quando se refere a alguém? Então, não é sobre visual, logo, cor e design. É sobre comportamento, conduta, crenças, verdades e atitudes. POSICIONAMENTO é sobre isso.
E a falta de clareza no posicionamento geralmente acontece quando a marca pula (ou ignora) a etapa de identificar “quem sou eu, porque existo e onde quero chegar” e vai direto pro “como vou me comunicar”. Isso cria fragilidade estrutural em tudo, da estratégia ao design.
O posicionamento é uma parte importantíssima para qualquer negócio que quer funcionar de forma clara e consistente. Ele surge na essência da empresa, que é a parte fundamental para entender os porquês. Depois, vem a estratégia, pra garantir que a marca atenda de verdade às necessidades do negócio e construa um posicionamento claro pra si mesma e pro seu público.
Um posicionamento claro ajuda a definir rota e alinhar objetivos de negócio. A falta dele pode parecer um “probleminha” de comunicação, mas, na verdade, mina a marca todo santo dia e a longo prazo. Quando a marca não está clara, ela:
- Se comunica de forma bagunçada.
- Perde engajamento interno.
- Tem dificuldade de se diferenciar no mercado.
- Fica vulnerável a decisões erradas ou mal alinhadas.
De fato: posicionamento não é “só um slogan bonitinho”. É a fundação de quem a marca é, o que faz e como o mundo a vê. Se esse alicerce estiver fraco ou confuso, todas as outras peças da identidade, a comunicação, a experiência, e o crescimento da marca com certeza são afetados.
Vale deixar muito claro que investir em clareza de posicionamento hoje, economiza retrabalho, energia e dinheiro amanhã. Ele ajuda a construir consistência, gera autoridade e reduz erros na execução.
Maaaaas, pra ficar claro como a água, vamos colocar dois cases aqui embaixo (e não vale Nike nem Apple), um certo e um errado, pra ilustrar como o posicionamento pode afundar ou impulsionar uma marca.
Case 1 – Como NÃO fazer:
O posicionamento de uma marca precisa ser verdadeiro, caso contrário, a marca paga caro. Um exemplo é a marca de sucos Do Bem, em que as laranjas eram “colhidas fresquinhas todos os dias na fazenda do senhor Francisco do interior de São Paulo”. O apelo era claro: produto orgânico, de um pequeno produtor, com preço acima da concorrência. Só que… as laranjas vinham de diversos produtores e eram processas por grandes fornecedores comerciais.
Quando a verdade veio à tona, a imagem da marca foi bem impactada. A lição é que criar histórias fantasiosas gera desconfiança, perda de credibilidade e danos duradouros à marca.
Case 2 – Quando a tarefa de casa é bem-feita:
Algumas marcas mostram que posicionamento claro faz toda a diferença. Um ótimo exemplo é a Nubank que nasceu da insatisfação com a burocracia e a baixa qualidade do atendimento dos bancos, já com um posicionamento bem definido: descomplicar serviços financeiros, acompanhado de uma comunicação direta, transparente e cheia de personalidade.
O rebranding mais recente só reforçou a essência da marca, destacando seus atributos de maneira consistente. O resultado? Uma marca reconhecida, confiável e memorável, sem precisar inventar histórias ou exagerar na sua promessa.
E esse foi só o primeiro sintoma. Fique de olho nas próximas edições do SOS Branding, (aqui e no nosso instagram) que gente continua o diagnóstico de marcas sem gestão e mostra como transformar o caos em clareza e estratégia. Afinal, empresa saudável é também marca bem cuidada!
As novidades:
1. Estudo // A Exame fez um artigo sobre o estudo anual da TrendHunter, que apresentou 18 megatendências para 2026. Vale a pena ler para entender e se preparar para os desafios e oportunidades do próximo ano!
2. Mídia // Falando em tendências, o Meio & Mensagem trouxe a visão de 10 lideranças de mídia sobre o que próximo ano reserva para a área. Confira!
3. Pesquisa // Saiu o maior estudo sobre valores, atitudes e percepções dos brasileiros, com quase 10 mil entrevistas, revela a identidade (ou seriam identidades?) do Brasil.
4. Inspiração // Este artigo do estrategista de comunicação Marc Tawil traz uma reflexão muito relevante sobre como, em um mundo saturado de “conteúdo”, estratégias que realmente funcionam não focam em viralização e impacto digital, mas sim em criar conexão com o público.
Fonte: Escrito por IA (Inteligência da Ary, nossa redatora) e com pitadas do Rafa Brusamolin, nosso CBO.